quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Fenaban começa 4ª rodada sem proposta



Negociação continua nesta quinta-feira

Durante a primeira parte da quarta rodada de negociação, iniciada na tarde desta quarta-feira, dia 15 de setembro, a Fenaban não apresentou nenhuma contraproposta para o índice de reajuste de 11% e afirmou que não fala em aumento real de salários e valorização dos pisos salariais. O argumento já era esperado diante da declaração do negociador da Fenaban, Magnus Apostólico, ao jornal O Globo, na edição do último sábado, dia 11: “11% de aumento é inviável. Essa proposta não tem viabilidade diante de uma inflação próxima de 4%. Temos que trazer esse número para a realidade”.

Para Aparecido Donizete Roveroni, diretor da Federação de SP e MS no Comando Nacional, “a realidade é que a economia do país só cresce e junto o lucro dos bancos também. É isso que viabiliza o nosso aumento real e pisos valorizados”, afirma Roveroni. Sobre a contraproposta de reajuste, os negociadores da Fenaban disseram que esta só será apresentada após uma discussão com os banqueiros, o que deve ocorrer somente na próxima semana.


Embora o Comando defendeu a importância da valorização do piso, hoje em R$ 1.074, considerado insuficiente para suprir as necessidades, como pagar faculdade, vestuário compatível com as exigências da empresa, a proposta foi negada. Os bancos avaliam que o piso hoje já é alto.

O debate sobre o PCCS para todos os bancários foi colocado na mesa e os bancos não concordam que este tema faça parte da convenção coletiva. Alegam que o tema é específico de cada banco. Apenas acenaram que é possível realizar um seminário conjunto com técnicos indicados pelos dois lados para debater o modelo de administração por competência utilizado pelos bancos.

Nesta quinta-feira, dia 16, os debates sobre o tema Remuneração continuam a partir das 10 horas com as seguintes reivindicações:

PLR de três salários mais R$ 4 mil;
Previdência complementar em todos os bancos;
Auxílio-refeição, cesta alimentação, 13ª cesta alimentação, auxílio-creche/babá de um salário mínimo (R$ 510);
14º Salário.
Auxílio educação
Adicional de Risco de Vida
Para o diretor do sindicato e funcionário do HSBC Marcos Valério, a falta de respeito dos banqueiros com a categoria está passando dos limites. " Quatro rodadas já se passaram e os banqueiros se mostraram desinteressados em nossas propostas. É preciso a mobilização de toda categoria para que, possamos obter sucesso em nas negociações", diz Marcos.
Ele ressalta que diante da falta de respeito com a categoria bancária é provável uma possível greve nos próximos dias. " É preciso mostrarmos a força do movimento sindical e só com a paralisação e a união da categoria que vamos conseguir um índice salarial mais justo", declara o diretor.

Fonte: Feeb SP/MS

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