O rapper e poeta negro Luciano Dimis da Silva, conhecido como James Bantu, disse que foi humilhado e ameaçado de prisão em uma agência na região da República (centro de São Paulo), no dia 9 de fevereiro, ao tentar descontar um cheque. Ele prestou depoimento na quarta-feira (23).
O banco nega a discriminação e diz que Bantu se recusou a seguir procedimentos de segurança. O rapper conta que foi impedido de entrar com uma mochila com um laptop, mesmo depois da bolsa ter sido revistada por uma vigia. Bantu questionou a proibição, dizendo que não havia armário disponível para guardar a mochila. A segurança, então, chamou um policial militar, a quem Bantu acusa de tê-lo humilhado.
O PM teria mandado o cantor encostar contra a parede e dito que, se quisesse, poderia deixá-lo nu na agência. Segundo o rapper, o policial o teria mandado "calar a boca" e só falar depois dele, caso contrário seria preso. Ao ver o notebook, o PM teria pedido a nota fiscal do aparelho. Depois de nada ter sido encontrado na revista, o rapper disse que tentou ir embora. "Você só vai embora quando eu quiser", teria dito o PM. Bantu conta que sentou no chão e começou a chorar, pedindo ajuda. Uma cliente do banco teria pedido ao policial para liberá-lo. "Tinha medo de tentar sair e levar um tiro ou ser algemado", conta Bantu. Por fim, saiu do agência e entrou no prédio ao lado. Naquele dia, registrou queixa na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).
No outro dia, Bantu voltou à agência para descontar o cheque --de R$ 504, pagamento por serviços a uma ONG-- dessa vez, acompanhado de cerca de 30 amigos. Segundo o advogado do rapper, Dojival Vieira, a gerente da agência prestou queixa contra Bantu, acusando-o de causar tumulto. Procurado, o Decradi não quis falar sobre o caso para não atrapalhar as investigações. Segundo Vieira, a delegada responsável deve pedir à Justiça que determine que o banco entregue as imagens das câmeras de segurança.
OUTRO LADO Em nota, o Banco do Brasil afirmou que atende às exigências legais de procedimentos de segurança, como porta giratória e gravação de imagens, e disse que os clientes podem usar o porta-objetos para colocar bolsas e aparelhos metálicos. O banco afirma que Bantu se recusou a seguir esse procedimento, e em momento algum sofreu qualquer tipo de discriminação. Procurada, a Polícia Militar não respondeu até a publicação desta matéria.
Fonte: Folha.com
Ora, ora e quem vai apurar a Censura ocorrida, quando retiraram do ar as nossas denúncias de assédio, que está ocorrendo em todas as agências?????? Abraços a todos.
ResponderExcluiro anonimo ta falando das denuncias aqui do blog? tambem procurei e não achei mais
ResponderExcluiria acrescentar mais algumas
e quero perguntar ao sindicato que providencia foi tomada pra nos defender?
não vi nenhuma resposta
Porque o sindicato retirou o espaço dos associados manifestarem?
ResponderExcluirAcho bom voces darem uma olhado na pagina do sindicato de São Paulo e ver atitude que o sindicato lá teve com agencia do BB Trianom que teve denuncia de assédio.
O espaço não foi retirado caro bancário, as matérias estão arquivadas ao lado esquerdo do nosso blog... Elas são mais antigas e todos os comentários estão lá!
ResponderExcluirAgradecemos a todos que participam com o Sindicato neste espaço que é exclusivamente para vocês!