Thiago Arioza - Cruzeiro On Line
Notícia publicada na edição de 22/04/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 8 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
O menino tem praticamente uma UTI em casa, mas precisa de aparelho para ter mais mobilidade.
O pequeno Pietro de Oliveira espera na solidariedade alheia a chance de ter uma vida melhor. Uma campanha na internet lançou o desafio de arrecadar R$ 22 mil para a compra de um aparelho que lhe garanta a respiração e ao mesmo tempo proporcione mobilidade para uma vida relativamente normal.
Filho do casal de professores Thiago e Alessandra de Oliveira, o menino de apenas oito meses é monitorado 24 horas por dia, desde que nasceu. O motivo de tanto cuidado é a dependência dos aparelhos que garantem sua respiração e o mantêm vivo. Os pais se revezam com a avó para assegurar que ele receba oxigênio constantemente, por meio de uma cânula ligada à traqueia. O filtro de oxigênio utilizado em casa pesa 30 quilos e deve ficar ligado à tomada. Há também um portátil e mais leve, mas com apenas três horas de autonomia, o que o impede de ficar por muito tempo longe de casa.
Para que seja possível fazer passeios mais longos, Pietro precisaria de um concentrador de oxigênio portátil, denominado 'EverGo', da marca Philips Resptronics. “Queremos que ele possa ir à igreja, ao zoológico e levar uma vida mais próxima do normal”, explicou Alessandra.
O que ainda impede a família de comprar o equipamento indicado pelos médicos é o preço. Com o objetivo de arrecadar o valor necessário, foi lançada na internet a campanha “Pietro: Um real por um suspiro”. Por meio do site www.pietrosuspiro.com.br é possível conferir toda a história do menino, visualizar fotos, vídeos e os dados necessários para as doações.
Luta pela sobrevivência
Segundo a mãe, logo que nasceu os médicos notaram a dificuldade de Pietro em respirar. Exames identificaram nele a síndrome hipotônica, doença que provoca flacidez nos músculos. No caso de Pietro, as funções mais prejudicadas foram a respiração e a deglutição, o que causa dependência de respiração mecânica e alimentação por meio de um tubo ligado diretamente ao estômago.
Durante 67 dias Pietro permaneceu na UTI Neonatal e com um mês e meio foi submetido a quatro cirurgias para a realização de traqueostomia e gastrotomia. A partir das operações, pôde respirar com mais facilidade e se alimentar, consequentemente cresceu, ganhou peso e desenvolveu mais resistência. Após enfrentar quatro infecções em 138 dias de internação, o garoto finalmente foi levado para casa após os pais obterem autorização na Justiça, em dezembro do ano passado. Desde então, uma UTI domiciliar foi implantada no quarto de Pietro, onde uma enfermeira o monitora em período integral e fornece cuidados que exigem conhecimento profissional. O quarto é frequentemente higienizado e livre de tapetes, cortinas ou qualquer coisa que possa acumular poeira. “Não dá para falar em recuperação total. O que pode ser feito é ensinar o organismo a aprimorar suas funções, como respirar sozinho e deglutir sem engasgar ou aspirar o alimento para o pulmão. No mínimo isso pode levar de um a três anos”, explicou Alessandra.
Como ajudar
Como parte dos eventos promovidos dentro da campanha, os pais de Pietro realizam no dia 2 de maio uma feijoada em Araçoiaba da Serra para arrecadar fundos destinados à compra do aparelho. O almoço será às 12h, na rua Pedro Martins Filho, 31, Jardim Ercília. Os convites antecipados custam R$ 10,00.
Além do site, quem tiver interesse em ajudar pode entrar em contato pelo telefone (15) 3418-9071. As doações também podem ser feitas através do pagamento de boleto, emitido na internet pelo link www.bit.ly/pietrosuspiro. Quem preferir, pode fazer a doação em forma de depósito: Banco Bradesco, agência 2025-7, conta poupança: 0035425-2 ou Banco do Brasil, agência 2923-8, conta poupança 26161-0.
O Sindicato dos Bancários é solidário ao pequeno Pietro e solicita ajuda de todos nesta campanha.
Fotos: Cruzeiro do Sul Fábio Rogério
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