sexta-feira, 11 de julho de 2014

Bancos e teles terão centrais de mediação para evitar ida de consumidor à Justiça.

11.07 - 19.08
Bancos e companhias telefônicas vão criar centrais internas de mediação (negociadas há oito meses) para evitar que conflitos com consumidores sejam levados à Justiça. A medida faz parte da Estratégia Nacional de Não Judicialização, lançada pelo Ministério da Justiça.
Os bancos assinam por meio da Febraban e da Confederação Nacional do Sistema Financeiro,enquanto a TIM, a Claro, a Telefônica e a Embratel também se comprometeram a aderir à estratégia. Os bancos respondem por 38% de todas as ações em tramitação no Judiciário. As teles respondem por 6%.
Segundo o secretário de Reforma do Judiciário, Flávio Crocce Caetano, o setor privado percebeu que é mais caro manter os processos na Justiça do que negociar soluções com os consumidores alem da perda da imagem institucional e da confiança junto aos consumidores.
Ao todo, tramitam 92 milhões de ações na Justiça e cada uma delas custa, em média, R$ 4,3 mil. No total, os processos custam R$ 395 bilhões - valor que é dividido ao longo de décadas de tramitação no Poder Judiciário. Parte desse custo recai sobre as empresas.
Nas negociações com o Ministério da Justiça, representantes dos bancos e de grandes companhias telefônicas se posicionaram contra a estratégia tradicionalmente utilizada em ambos os setores de protelar os conflitos no Judiciário de modo a evitar eventuais pagamentos.
No caso dos bancos os planos econômicos são a grande causa destes processos acumulados no judiciário. (serão decididos de maneira definitiva pelo STF).
No caso das teles, o fato de os conflitos com os consumidores serem levados à Justiça afeta negativamente a imagem de companhias que investem bilhões em propaganda e marketing.
O próximo passo será trazer as grandes varejistas e as seguradoras de saúde para a estratégia da chamada conciliação.
No governo, a Advocacia-Geral da União (AGU) possui um sistema de conciliação mesmo assim, o poder público é o principal responsável por 51% das ações em tramitação nos tribunais.
(Valor Econômico) 

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