terça-feira, 29 de julho de 2014

MESA DE SEGURANÇA BANCÁRIA COM FENABAN. PROJETO-PILOTO PODE SER INCLUÍDO NA CCT.

 
29.07 - 07.05hs
Em reunião ocorrida nesta quarta-feira (23) com a Fenaban, em São Paulo, a comissão de segurança bancária coordenada por Ademir Wiederkehr, fez uma avaliação positiva do Projeto-piloto de Segurança Bancária, implantados em 205 agências de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes e propôs a inclusão na próxima Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) das medidas testadas e aprovadas como a porta giratória, câmeras internas e externas, biombos em frente aos caixas, e vigilantes armados e com coletes balísticos. Caso tenhamos sucesso nesta inclusão, serão beneficiadas todas as agências e postos de atendimento do país, com a melhoria da segurança, a redução das ocorrências e, sobretudo, a proteção da vida de bancários, vigilantes e clientes. A Fenaban se comprometeu a analisar a reivindicação do Comando.
Conquistado na Campanha Nacional 2012, o projeto-piloto foi assinado em maio de 2013. Um grupo de acompanhamento, integrado pela Contraf-Cut, Sindicato dos Bancários de Pernambuco e Fenaban, se reuniu cinco vezes desde novembro do ano passado em Recife, discutindo o andamento do projeto-piloto e verificando as ocorrências. Houve também reuniões com gestores das agências e com a participação da Secretaria de Defesa Social (SDS). Já os representantes do Ministério Público e das três prefeituras se ausentaram dos debates.

MESMO ASSIM AINDA EXISTEM PROBLEMAS.
Os dados apresentados verbalmente pelos bancos revelam a eficácia das medidas, que também estão previstas na lei municipal de segurança bancária de Recife. Porem faltou clareza e mais detalhes nas informações da Fenaban que impedem avaliar o “modus operandi” dos ataques e buscar soluções para garantir mais prevenção contra assaltos. Houve migração de assaltos e da 'saidinha de banco' para outras regiões pernambucanas, onde muitas agências não possuem sequer portas giratórias. O governo de Pernambuco falhou na transparência dos dados fornecidos e os números comparativos dos ataques enviados na segunda-feira (21) pela Secretaria da Defesa Social, estão incompletos e não possibilitam avaliar a evolução dos assaltos, dos arrombamentos e do crime da 'saidinha de banco' nos últimos anos.
Houve assaltos a uma agência em Shopping e a posto de atendimento, que não são abrangidos pelo projeto, alem de outras quatro agências que foram assaltadas com a utilização da marreta, o que podia ter sido impedido se os bancos tivessem instalado vidros blindados nas fachadas como reivindicamos em todas as reuniões. 

PROJETO-PILOTO EM OUTROS ESTADOS.

A exemplo da primeira reunião de avaliação nacional do projeto-piloto, ocorrida em 18 de março, em São Paulo, os bancos voltaram a propor a repetição do projeto-piloto em outras duas capitais de estados, a serem definidas em conjunto com o Comando, que afirma desejar a ampliação das medidas de segurança, como a abrangência de todas as agências (inclusive as de negócios e em Shopping) e postos de atendimento, vidros blindados nas fachadas, fim da guarda das chaves pelos bancários para prevenir sequestros, isenção das tarifas de transferência (DOC, TED) para combater a "saidinha de banco" e transparência nas informações. Novamente os representantes dos bancos ficaram de analisar a proposta do Comando.

ASSALTOS CRESCERAM NO PAÍS

A Fenaban apresentou a estatística semestral de assaltos a bancos referentes ao primeiro semestre de 2014, conforme estabelece a cláusula 32ª da CCT, conquistada na Campanha Nacional 2010, informando que houve 186 assaltos a agências e postos de atendimento no período e que revela um crescimento de 14,1% em comparação com o mesmo período de 2013, quando foram comunicadas 163 ocorrências.
A estatística apresentada é preocupante e por ser um dado fechado, não permite saber, por exemplo, os estados onde esses ataques ocorreram, quantos foram agências e quantos foram postos. É Preciso obter mais informações, para buscar soluções e mudar essa realidade, que traz medo e insegurança para os trabalhadores e a sociedade, defende Carlos Cordeiro presidente da Contraf-Cut. E a Fenaban ficou novamente de estudar a proposta.

Fonte: Contraf-Cut

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