25.02 - 19.18hs
O Governo do Estado de São Paulo tomou uma iniciativa
importante, que vai trazer um pouco de conforto ao interior paulista, pois
vivemos momentos terríveis de insegurança, devido os assaltos e explosões de
caixas eletrônicos e agências bancárias.
Abaixo relatamos o que pretendem as autoridades e nossa
opinião, baseado nas negociações mantidas entre o movimento sindical e a
Fenaban, que se nega em dar sequencia a todas as sugestões recebidas alegando
que o problema é de Segurança Pública.
ESCOLTA PARTICULAR NO TRANSPORTE DE EXPLOSIVOS.
O Exército Brasileiro determinou o impedimento de
transportar os explosivos pelas estradas brasileiras, como são feitos nos dias
de hoje, sem escoltas particulares contratadas para proteger e impedir roubos
deste artefato perigoso.
O Presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e
Região, juntamente com seu corpo jurídico estiveram questionando este tipo de
transporte na Polícia Federal de Sorocaba, a mais de dois anos atrás preocupados
com o aumento dos crimes de explosões em pontos de atendimento bancário.
FILMAGENS EM TEMPO REAL
Difícil de acreditar, mas outra iniciativa que poderá
auxiliar no combate as explosões será a troca de informações e dados entre os
bancos e a policia, com monitoramento feito em tempo real (Sistema Detecta).
Esta é uma antiga reivindicação do movimento sindical nas
mesas temáticas sobre segurança bancária e os bancos costumam dizer que isso é
problema de segurança pública, não admitindo nossa interferência no assunto.
O sistema de filmagem dos bancos é antigo em alguns bancos e
que mal permite a visualização dos próprios funcionários, quanto mais dos
marginais. Em tempo real então, fica mais difícil de acreditar.
NEGOCIAÇÃO EM BENEFÍCIO DA VIDA.
Quanto a iniciativa do Secretário de
Segurança Pública, Alexandre de Moraes, em se reunir com o presidente da Câmara
dos Deputados, Eduardo Cunha, a fim de entregar um projeto de lei que prevê
aumento de pena em casos de furtos envolvendo explosivos pois coloca em risco a
vida de outras pessoas também é bem vindo, porem nosso sindicato já protocolou
documento neste sentido junto ao Ministério Público em Sorocaba, preocupados
com a vida dos usuários e trabalhadores bancários a mais de dois anos e obteve
como resposta uma negativa, alegando que estes crimes acontecem nas madrugadas,
longe do trânsito de pessoas nas imediações dos alvos programados pelos
bandidos.
PEDIDO DE AJUDA AO BANCO CENTRAL.
O secretário também irá pedir apoio do
ministro José Eduardo Cardozo para que o Banco Central altere a regra sobre
destruição de notas, para permitir que a restituição dos valores possa ocorrer
quando mais de 51% da cédula esteja comprometida com a tinta utilizada nas
maquinas, sem falar nas que são queimadas em partes. Com a mudança, os bancos
teriam mais facilidade para destruir as notas nos casos de explosão.
Também temos nossa vivencia no assunto e
questionamos a Fenaban, quanto a destruição das cédulas pintadas. Em nosso ver o
dinheiro é considerado patrimônio público e em benefício dos bancos, este
procedimento seria autorizado sem questionamentos pois quem pagará pela emissão
de novas cédulas seremos nós, os contribuintes.
PERIGO NO MANUSEIO DAS MÁQUINAS DE
AUTOATENDIMENTO.
Com a iniciativa da instalação das bombas de
tinta ou de fumaça, as máquinas passam ter uma segurança a mais contra os
roubos, mas existe um agravante que coloca em risco o trabalhador que manuseia
estes equipamentos e não se trata de negativa em trabalhar com elas.
Recentemente uma bancária teve parte do
rosto e dos braços, alem das roupas pessoais pintados pela tinta que explodiu
enquanto ela manipulava o equipamento para coloca-lo em funcionamento. Consta que
de acordo com a explosão, a funcionária teve queimaduras no rosto e só não
aconteceu algo pior em virtude do uso de óculos por parte da funcionária, senão
os olhos seriam prejudicados com toda certeza.
Temos que considerar que tanto a tinta,
quanto a fumaça são acionadas por uma explosão e por mínima que seja, causa
danos a saúde.
DADOS INFORMATIVOS (QUANTIDADE, LOCALIZAÇÃO,
OCORRÊNCIAS).
Somos os maiores cobradores destes dados nas
mesas temáticas, mas a Fenaban se nega passar estes informes e divulga-os
somente uma vez por semestre, sempre inferiores aos dados apontados pelo
movimento sindical, dizendo que existem divergências entre explosões em
maquinas e ou agências, roubos consumados ou não, sequestros consumados ou não.
Enquanto somamos números próximos a casa das
1.000 ocorrências em todo o País, os banqueiros informam 300 ou 400
ocorrências, muito abaixo da realidade.
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