28.08 - 00.25hs
Aconteceu a primeira rodada de negociação pela Campanha
Salarial 2014, sobre o assunto Segurança Bancária entre a Fenaban e o Comando
de Negociação dos bancários, em São Paulo.
Seguindo o que acontece nas mesas temáticas sobre o mesmo
assunto, durante todo o ano, os representantes dos banqueiros se limitaram
fazer algumas considerações sobre o assunto e quando muito dizendo que
encaminharão nossas reivindicações para analise dos banqueiros.
CONTRASTES NOS NÚMEROS
Como já vimos em outras situações, os banqueiros apresentam
números divergentes dos nossos e desta vez não foi diferente, quando disseram
que foram cometidos 186 assaltos em todo o Brasil, contrariando os números do
movimento sindical que foram 403 assaltos. A Fenaban se mostrou preocupados com
a divergência e tentaram induzir-nos a erro, dizendo que misturávamos assaltos
com explosões de caixas eletrônicos e não existe nenhum engano, os números da
Fenaban são contestáveis.
Outra divergência é o valor investido em segurança bancária,
onde alegam ter sido na casa dos R$ 9 bilhões, só no ano de 2013. Acontece que
o movimento sindical questionou este valor, pois o balanço dos bancos fala em
R$ 3 bilhões e a diferença é muito grande. Também temos certeza que os bancos
informam os valores gastos com seguro de carro forte juntamente com os assaltos,
que não é o caso.
PROJETO PILOTO
Os banqueiros insistem em contradizer o que parece certo.
Quando falaram a respeito do projeto piloto que está sendo
praticado em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes - PE, os banqueiros
tentaram induzir nossos negociadores ao erro, dizendo que se o necessário era
instalar as portas com detector de metais, as divisórias e as filmadoras
internas e externas. Se confirmássemos, os banqueiros assinariam estas reivindicações
mas não conseguiríamos negociar outras prioridades e eles apresentariam nosso
acordo coletivo assinado no restante do país.
O que chamou a atenção do comando foi a palavra “exigibilidade”,
onde eles aceitariam três imposições que já conquistamos através de leis
municipais e engessariam todas as nossas prioridades futuras. Não resta duvida
alguma que as leis municipais incomodam muito a classe patronal!
ESTATUTO DA SEGURANÇA
Os banqueiros também apostam na elaboração deste estatuto e
que finalizado, derruba todos os projetos de lei e principalmente as leis
municipais. Não precisa dizer que eles tem uma visão totalmente diferente da
nossa.
SEQUESTRO X DISCIPLINA
Quanto aos sequestros de bancários e seus familiares, eles
são claros e foram novamente hoje, de que é uma questão de disciplina, pois o
bancário recebe orientação para não entregar o dinheiro e procurar pela policia
em caso de sequestro. Quando o funcionário desrespeita esta determinação e
entrega o dinheiro, será demitido na sequencia. Este é um procedimento grave
pela parte patronal, que afirma a condição de risco de vida imposta aos seus
comandados.
Em nossa opinião todos os dispositivos de segurança visam
principalmente, eliminar qualquer tipo de risco ao bancário e aos seus
familiares.
Amanha (28) dia do bancário, prosseguem as negociações entre
as partes e esperamos informações positivas
por parte dos banqueiros e que deixem de lado a truculência em benefício de
possíveis acordos.