No primeiro trimestre de 2011, os bancos contrataram 6850 novos empregados e em 2012, no mesmo período, apenas 1.144. Somente a Caixa econômica federal gerou 1396 novos empregos neste mesmo período, o que significa que o saldo seria negativo se somados somente os demais bancos.
De janeiro a março de 2012 foram desligados 10.001 bancários e contratados outros 11.145. mais de 50% das demissões ocorreram nos salários entre três e cinco salários mínimos (5.184) e as maiores contratações foram na faixa de um a três salários mínimos.
Entre os que mais demitiram neste período estão o Itaú (1.964) e o Banco do Brasil (406).
Os salários também foram prejudicados, pois os novos recebem em media R$ 2.656,92 enquanto que a media dos desligados foi de R$ 4.299,27, uma diferença de 38,20%. Fica evidente que os banqueiros encontraram na rotatividade uma forma de achatar ainda mais os salários dos bancários.
Das 321.241 vagas criadas em todos os setores da economia no primeiro trimestre, os bancos contribuíram com apenas 0,35% do total e os 1.144 novos postos representam uma expansão de apenas 0,22% no emprego bancário, muito pouco para uma lucratividade absurda como as registradas nos últimos anos.
As mulheres continuam ganhando menos que os homens na categoria bancaria, mas ocupam um numero maior de empregos e assim a media salarial da categoria vai diminuindo. Quando ingressam na categoria, seu salário é de R$ 2.291,98 e o dos homens de R$ 3.014,91 - uma diferença de 24%. A comparação feita entre as desligadas (R$ 3.545,66) é 29% inferior à dos bancários (R$4.978,80).Estes números foram obtidos em estudos feitos pelo movimento sindical e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Ao contrário do que vivem os trabalhadores, só os cinco maiores bancos registraram um lucro líquido de R$ 50,7 bilhões no ano passado e de R$ 11,8 bilhões apenas nos primeiros três meses de 2012."
o Ministro do Trabalho Brizola Neto recebeu documento do movimento sindical bancário em Curitiba, apontando estas injustiças entre homens e mulheres e denunciando na rotatividade a falta de compromisso dos bancos para com a sociedade brasileira, que sofre nas filas dos correspondentes bancários e correm risco de morte na maior parte das transações financeiras feitas nestas localidades.
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