26.09 - 03.50hs
Depois de várias afirmações por parte da FENABAN, de que o
processo negocial de 2014 tinha sido vitorioso e que neste ano eles desejavam
repetir o que foi feito, fomos mais uma vez surpreendidos pela insensatez
patronal.
Com a inflação próxima dos dois dígitos, com um pedido de
ganho real de aproximadamente 5%, apresentamos nosso numero que é consenso
nacional, de 16%.
Foram cinco rodadas de negociações sobre temas específicos,
como emprego, saúde, segurança, igualdade de oportunidades e remuneração. Todos
estes temas foram discutidos com base nos balanços dos próprios bancos, mas a
FENABAN contestou todas as nossas falas.
Agendou então, esta rodada de 25/09 para apresentar números
e respostas, principalmente sobre o tema saúde, um dos mais polêmicos de todas
as campanhas e ofertaram míseros 5,5% com um abono fixo de R$ 2.500,00, esta a
grande novidade para este ano como eles disseram.
Não é justo que uma categoria profissional tão batalhadora,
capaz de produzir fortunas crescentes, tenha que suportar tamanha humilhação,
em receber como recompensa pelo desprendimento, arrojo e capacidade, uma
contraproposta insignificante, rebaixada e sem nenhuma expressão.
Afirmaram também que os bancos estão bem, lucrativos e esta
crise em nada afetara suas estruturas. Realmente os bancos ganham ainda mais
dinheiro nas crises financeiras e a contraproposta feita hoje, disseram será
suficiente para acompanhar a inflação 2015/2016 que estará estabilizada até a
próxima campanha salarial.
O abono se transforma neste momento no “bode da campanha”,
pois é atrativo e até em certo ponto aparentemente vantajoso, mas não incide
sobre o FGTS, INSS, enfim, sem nenhum reflexo social, só o dinheiro no bolso.
Os menores salários podem se atrair pelo valor, que é um
retrocesso em termos de negociação, já que nos últimos 10 anos a categoria acumulou
ganho real de pouco mais de 20% e nossa categoria é referencia para inúmeras outras.
Este é um momento perigoso!
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