31.08 - 19.09hs
Em 1951, quando os bancários reivindicavam reajuste salarial
de 40% sobre os salários e no anuênio, os banqueiros negaram esta solicitação e
foi criado o impasse, que gerou uma greve de 69 dias.
Alguns estados já haviam aceitado a contraproposta patronal
e criticaram a greve paulista, que seguiu forte até seu julgamento que concedeu
um reajuste de 31%. Naquele tempo, alem da pressão dos próprios trabalhadores
bancários que aceitaram a contra proposta patronal em outros estados, tinha o
agravante da pressão feita pelo DOPS, que não tinha boa fama.
A data então ficou instituída para 28 de agosto, que é
comemorada nacionalmente.
De lá para cá a categoria bancária colecionou várias
conquistas, como a jornada de 6 horas diárias, os tíquetes, os convênios
médico/odontológico, o vale-cultura e o mais significativo, a Participação nos
Lucros e Resultados (PLR), entre outros.
Hoje, passados 64 anos, muito pouco restou da história ou
poucos podem conta-la e 99% da categoria profissional que é composta por jovens
com pouco mais de 20 anos, desconhecem por completo o trabalho sindical, as
conquistas adquiridas no período e ainda dizem que o banco é que propicia os
benefícios recebidos mensalmente através dos holerites.
Um detalhe muito importante é que quando falamos em anuênio,
no início desta matéria, era um direito adquirido e para cada ano de
permanência na categoria garantia um valor que acrescia a folha de pagamento
mensalmente.
Através de um plebiscito onde todos os bancários votaram,
este benefício foi trocado por R$ 1.100,00 e que com a mordida do IRRF foi
reduzido para aproximadamente R$ 950,00 e deixou de ser uma conquista. Os mais
velhos de categoria lamentam este episodio todos os dias.
Fica aqui o registro de que podemos perder benefícios
conquistados, como ainda duvidam alguns céticos, que preferem desacreditar o
sindicato de ser o responsável por todo o avanço profissional que obtivemos até
os dias atuais!
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