Em reunião realizada na Gerencia do Ministério do Trabalho de Sorocaba, falávamos dos problemas sociais de nossa cidade e das possíveis soluções desejadas pelo movimento sindical, quando por força do termino da Campanha Salarial dos bancários, tocamos em alguns assuntos e para nossa surpresa, nas coincidências ou não, das atitudes patronais.
Como o assunto era nossa campanha, as parabenizações pela condução e resultados obtidos foram várias e as perguntas surgiram, como por exemplo, porque o Bradesco não fecha?
Em resposta, informei que o Bradesco contrata funcionários novos de idade e sem experiência bancaria, para ser moldado de acordo com a necessidade e objetivos do banco.
Agindo assim, o banco consegue doutrinar estes jovens e com a passagem do tempo, deixar uma mensagem forte em seu consciente de que aquele emprego é o melhor do mundo e que outro nestes moldes nunca mais aparecerá em suas vidas.
Este fruto é colhido principalmente, nos meses que antecedem nossas campanhas como um alarme que soa nas mentes destes jovens alertando quanto ao perigo das greves para suas carreiras. Em meio à greve, estes jovens dizem que não participam do manifesto da categoria com medo de perder o emprego, porque o Bradesco não perdoa grevista.
Neste ano, por exemplo, o Bradesco já demitiu mais de 20 funcionários em nossa região e nenhum funcionário fez greve. Assim explicamos como funciona a cabeça destes bancários.
Descobrimos após esta fala, que no setor metalúrgico, mais especificamente na Toyota, o procedimento patronal é rigorosamente idêntico ao do Bradesco e os jovens são contratados para treinamentos nos moldes da empresa.
Então, patrão é patrão em qualquer lugar! Não importa o ramo de atividade, o importante é ser e continuar sendo grande.
Enquanto trabalhadores, devemos lutar unidos independente do tamanho da empresa, pois entre eles não existe preferências políticas ou paixões, os objetivos são claros e a mão de obra totalmente descartável ou no mínimo manipulável.
Lendo assim até parece que estes jovens são escravos do Bradesco. Eles podem sair qualquer hora e procurar outro emprego, o que os impede? Escravidão já passou!
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