segunda-feira, 7 de maio de 2012

“CALOTES EM ALTA” – MATERIA DE JORNAL SOBRE INADIMPLÊNCIA

No Jornal Valor, caderno de finanças de 25 de Abril, uma matéria chamou minha atenção sobre o titulo acima, com entrevista do diretor de relações com investidores do Banco Itaú, Senhor Rogério Calderón. Na entrevista, de inicio falou-se sobre a inadimplência que já tinha arranhado números do Banco Bradesco e na seqüência, descrevia todo o entendimento do Senhor Calderón sobre o momento que vivemos em nosso País. Nas diversas justificativas, não apreciei nenhuma linha que tentasse ver o assunto pela ótica dos clientes bancários, justo estes que ano após ano foram os responsáveis pelos lucros absurdamente crescentes e que são lamentados na matéria, por estarem diminuindo. O cliente bancário pagou todos os preços estipulados pelos banqueiros que impuseram seus números livremente em todo o País e como dizemos no interior, não existe alegria infinita. A folia dos números e dos lucros provavelmente tenha chego em seu limite e saturado de tanta oferta “casada”, o brasileiro se deparou com limites intransponíveis e o resultado são os “calotes”, que prefiro chamar de falta de dinheiro. Nos últimos anos os bancos funcionaram como um grande pomar, com variedades de frutas, todas elas a disposição para o consumo. Oferecidas por diversos valores, estas frutas começaram fazer parte da mesa daqueles que até ontem viviam as limitações de sua classe econômica e com a devida fome, começaram se fartar. Chegou o momento em que o próprio governo federal, olhando os estragos causados pelas aberturas de credito dos bancos brasileiros, foi obrigado tomar uma decisão que tardou, haja visto a quebradeira em outros países de primeiro mundo, diga-se de passagem que colocou suas economias em perigo e quando se chega neste ponto, o governo é obrigado correr atrás de estratégias para salvar os bancos, que não é o caso do Brasil. Mas e o povo, como fica? Fica com a pecha de caloteiro? Vou relembrar um juiz que criticou o movimento sindical há alguns dias atrás, onde está ele neste momento? O que esta sendo feito em defesa do povo? Alguns economistas já estão dizendo que a iniciativa do governo federal em baixar os juros do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, na tentativa de serem seguidos pelos bancos privados, não dará certo. Digo que quem tem a mesa farta quer sempre mais, não se acostuma e não admite o “pouco menos”. Os bancos provavelmente estão com suas metas traçadas para continuar martelando a cabeça do bancário com sua política de crescimento e logo arrumarão uma forma de ganhar dinheiro, culpa da população desinformada, dos economistas que deveriam orientar melhor e dos lideres sejam eles políticos partidários ou não que tem esta obrigação.

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