sábado, 12 de maio de 2012
TERCEIRIZAÇAO BRASILEIRA INTERESSA A QUEM?
Em varias discussões feitas em diversas esferas, deixam uma grande pergunta no ar: Quem se interessa pela terceirização no Brasil? O trabalhador com certeza não é!
As empresas que utilizam os terceirizados acabam processados pela exploração dos trabalhos executados e pagando o ônus. O perigo neste momento é legalizar o projeto que fala da terceirização e acabar com os direitos destes abusados profissionais.
Os “Call Centers” são um bom exemplo.
Quem ainda não recebeu uma ligação noturna oferecendo conta corrente, cartão de credito e até aumento de limite em cheque especial. Em caso positivo existe uma confirmação muito grande de que as informações dos clientes não tem proteção nenhuma e que o sigilo bancário esta quebrado a muito tempo. O operador deste contato (seja ele homem ou mulher) pede a confirmação de alguns dados pessoais que confirmam seu cadastro junto a terceirizada. Se você se nega a dar as informações desconfiando daquela ligação, não tem erro, eles começam relatar seus informes.
O terceirizado foi criado para auxiliar nos trabalhos, mas no caso de bancos isso não acontece, pois o quadro de funcionários esta tão enxuto, que é impossível achar alguém para acompanhar os trabalhadores terceirizados.
Nos bancos os terceirizados executam funções cabíveis a bancários e aí onde fica a conversa da atividade meio e atividade fim?
Com a criação do correspondente bancário a atividade fim rolou descarga abaixo!
Os terceirizados, o jovem aprendiz, o estagiário, o correspondente bancário, todos eles tem contato com saldos em conta corrente, assinaturas, investimentos e isso é atividade fim. O que falta agora é oficializar a existência deste trabalho “barato” para aumentar os lucros patronais.
Por algum tempo o modelo chinês foi bastante copiado pelos empresários brasileiros e o que vemos na china é a exploração da Mao de obra com uma produtividade a cada dia mais que o dia anterior.
O Ministerio do Trabalho e Emprego tem priorizado o registro em carteira de trabalho e assim vem descobrindo trabalho escravo, inclusive em nossa região.
Trabalhamos em parceria com o Ministério na fiscalização de fabricantes de brinquedos e varias crianças corriam pelos fundos das pequenas empresas. Algumas crianças diziam que gostavam de brincar de montar brinquedos e na verdade trabalhavam gratuitamente com a conivência dos pais.
Dramatizando só um pouquinho, estamos à beira do trabalho escravo e o banqueiro não precisa disso. Infelizmente temos uma visibilidade errada de categoria privilegiada.
Se for pelo trabalho confortável, de mobília ou ar condicionado tem sentido.
Caso contrario, lesões, estresse, síndrome do pânico, depressão, doenças de origem nervosas entre outras, colocam os bancários nas filas do INSS e em alguns casos como inválidos na faixa entre 20 e 30 anos de idade.
Por tudo isso, falta agora aprovar o projeto de lei 4330 de 2004 que fala do terceirizado, mais conhecido como “precarização do Trabalho”, de autoria de um deputado oriundo da classe empresarial alimentício, Senhor Sandro Mabel.
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Que ações o sindicato de Sorocaba está implementando para que as contratações do ultimo concurso do Banco do Brasil ocorram? Não convocam ninguem e ainda lotam as agencias com terceirizados (dentro das agencias e da regional!).
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