A negociação sobre o Programa de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, retomada hoje, dia 2, terminou em impasse. A Fenaban não aceita divulgar o nome do funcionário que pratica o assédio moral, não aceita discutir o conteúdo dos cursos de treinamento sobre o tema e não concorda em responder a denúncia por escrito; sequer fundamentada. Diante do esgotamento do debate desse tema, iniciado na primeira rodada realizada no último dia 24 e retomado ontem (1º) e hoje de manhã, o Comando e a Fenaban iniciaram a negociação das questões de saúde e segurança. O primeiro ponto da pauta foram as metas, que hoje preocupa 80% da categoria, conforme aponta pesquisa nacional. A Fenaban aceita discutir, mas avalia que não é possível concluir o debate durante o processo de negociação da Campanha Nacional dos Bancários. No entanto, os bancos reconhecem que existem problemas na forma de cobrança das metas. Quanto à não exigência de metas para caixa, a Fenaban nem discute. Em resumo, o grave problema das metas, segundo os bancos, deve ser remetido à mesa temática de saúde.
A despreocupação dos bancos com a saúde do trabalhador bancário não para aí. Negaram a isonomia de direitos aos adoecidos (tíquete refeição, alimentação, PLR); o abono de faltas quando o bancário deficiente necessitar, por exemplo, de ajuda técnica auxiliar (reparo em aparelho); e negaram garantir a mesma função e o mesmo salário ao bancário que retorna ao trabalho após afastamento por motivo de saúde.
No que se refere ao pagamento do salário do bancário que recebe alta precoce do INSS, porém é considerado inapto ao trabalho quando se submete ao exame de retorno - nesse período não recebe remuneração alguma -, a Fenaban assegurou que irá averiguar o problema, uma vez que a suspensão do contrato de trabalho cessou.
Bancos apostam na insegurança
Na discussão das questões sobre segurança a Fenaban não demonstrou preocupação. Apesar de existir lei específica, os bancos não concordaram em proibir o transporte de valores por bancários. A argumentação patronal é frágil. Segundo a Fenaban, é impossível viabilizar o transporte em todas as localidades. O Comando citou como exemplo a Caixa Federal, que já adotou esse procedimento em consonância à legislação. Quanto a instalação de portas de segurança, a Fenaban não assumiu nenhum compromisso, sequer manifestou discordância em relação a proposta do Banco do Brasil e do Itaú Unibanco que anunciaram a retirada das conhecidas portas giratórias. A Fenaban negou ainda pagar adicional de risco de vida, equivalente a 30% do salário, direito já conquistado pelos vigilantes. Não concorda também com assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos; apenas atendimento médico ou psicológico no local de trabalho após o incidente; e, mais uma vez, negou a emissão de Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT). Em algumas questões, cabe destacar, houveram tímidos avanços. É o caso do acesso à estatística nacional de roubos/assaltos e emissão obrigatória de Boletim de Ocorrência (BO).
Dia de Luta
Após avaliação da segunda rodada, o Comando orientou os sindicatos a realizarem Dia de Luta na quarta-feira, 8 de setembro, com destaque ao tema a ser debatido na terceira rodada (dias 8 e 9), que é remuneração.
Fonte: Feeb SP/MS
Foto: Julio César Cósta
A despreocupação dos bancos com a saúde do trabalhador bancário não para aí. Negaram a isonomia de direitos aos adoecidos (tíquete refeição, alimentação, PLR); o abono de faltas quando o bancário deficiente necessitar, por exemplo, de ajuda técnica auxiliar (reparo em aparelho); e negaram garantir a mesma função e o mesmo salário ao bancário que retorna ao trabalho após afastamento por motivo de saúde.
No que se refere ao pagamento do salário do bancário que recebe alta precoce do INSS, porém é considerado inapto ao trabalho quando se submete ao exame de retorno - nesse período não recebe remuneração alguma -, a Fenaban assegurou que irá averiguar o problema, uma vez que a suspensão do contrato de trabalho cessou.
Bancos apostam na insegurança
Na discussão das questões sobre segurança a Fenaban não demonstrou preocupação. Apesar de existir lei específica, os bancos não concordaram em proibir o transporte de valores por bancários. A argumentação patronal é frágil. Segundo a Fenaban, é impossível viabilizar o transporte em todas as localidades. O Comando citou como exemplo a Caixa Federal, que já adotou esse procedimento em consonância à legislação. Quanto a instalação de portas de segurança, a Fenaban não assumiu nenhum compromisso, sequer manifestou discordância em relação a proposta do Banco do Brasil e do Itaú Unibanco que anunciaram a retirada das conhecidas portas giratórias. A Fenaban negou ainda pagar adicional de risco de vida, equivalente a 30% do salário, direito já conquistado pelos vigilantes. Não concorda também com assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos; apenas atendimento médico ou psicológico no local de trabalho após o incidente; e, mais uma vez, negou a emissão de Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT). Em algumas questões, cabe destacar, houveram tímidos avanços. É o caso do acesso à estatística nacional de roubos/assaltos e emissão obrigatória de Boletim de Ocorrência (BO).
Dia de Luta
Após avaliação da segunda rodada, o Comando orientou os sindicatos a realizarem Dia de Luta na quarta-feira, 8 de setembro, com destaque ao tema a ser debatido na terceira rodada (dias 8 e 9), que é remuneração.
Fonte: Feeb SP/MS
Foto: Julio César Cósta
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