quarta-feira, 21 de março de 2012

GOLDMAN SACHS COPIANDO OS BANCOS BRASILEIROS??

Em nosso informativo SINDNEWS postamos a carta que justifica o pedido de demissão de Greg Smith, do maior banco de investimentos do mundo “O GOLDMAN SACHS”. Acompanhe abaixo alguns trechos de sua carta, publicada pelo New York Times:
“Eu fui selecionado como uma das 10 pessoas (de uma firma de mais de 30 000) para aparecer em nosso vídeo de recrutamento, que foi exibido em todos os campus universitários que visitamos ao redor do mundo. Em 2006, eu gerenciei o programa interno de verão em vendas e comércio em Nova York para mais de 80 estudantes universitários que passaram na seleção dentre milhares que se inscreveram.”
“Eu soube que tinha chegado a hora de deixar o banco quando me dei conta de que não poderia mais olhar nos olhos dos estudantes e dizer-lhes que este era um grande lugar para trabalhar.”
“Eu sempre tive muito orgulho de aconselhar meus clientes a fazerem o que eu acreditava ser certo para
eles, mesmo que isso implicasse menos dinheiro para a firma.” Esta visão está se tornando cada vez mais impopular no Goldman Sachs.
“A firma mudou a maneira de pensar a respeito de liderança. Liderança costuma dizer respeito a idéias, a dar um exemplo e a fazer a coisa certa. Hoje, se você fizer dinheiro o suficiente para a firma (e não for atualmente um assassino famoso) será promovido a uma posição de influência.”
“Ao longo dos últimos 12 meses eu vi cinco diretores gerentes diferentes se referirem aos seus próprios clientes
como “muppets”,
“Nestes dias, a questão mais comum dos analistas iniciantes de mercado a respeito de derivativo é: “quanto dinheiro faremos tirando do cliente”??. Isso me incomoda toda vez que escuto, pois isso é um claro reflexo do que estamos observando no modo de proceder de seus líderes, a respeito do modo como deveriam se comportar. Agora, projete 10 anos no futuro: você não precisa ser um cientista rigoroso para imaginar
que o analista iniciante que estará sentado, quietamente, no canto da sala, escutando conversas sobre “muppets”, de “como tirar o couro do cara” ou “ser pago” não se tornará um cidadão exemplar.”
Em bancos brasileiros também observamos atitudes semelhantes e trabalhadores são demitidos com a alegação de “que pensava mais no cliente do que no lucro do banco”.
Então, de que adianta todo o empenho em conquistar o cliente, se ele é o que menos importa? Qual a importância de uma carteira de clientes positivos, se o que interessa para o banco é emprestar dinheiro e vender seus produtos, empurrando-os “goela abaixo”? Seria possível o “Sachs” estar copiando as atitudes dos bancos brasileiros?
Greg Smith saiu, mas como profissional integro deixou um recado aos que administram o poderoso “Sachs”:
“Eu espero que isso soe o alarme para o conselho de diretores. Façam do cliente o ponto central de nosso negócio, de novo. Sem os clientes você não faz dinheiro. De fato, você não existirá. Livrem-se das
pessoas moralmente quebradas, não importa o quanto de dinheiro elas façam para a firma.”

Aqui no Brasil, outras pessoas com poder de decisão em bancos importantes no cenário mundial, também estão pedindo demissão. Será o mesmo motivo ou o dinheiro continua falando alto?
Manifeste-se! denuncie as irregularidades do seu banco.

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