sexta-feira, 23 de agosto de 2013
EU NÃO POSSO FAZER GREVE, TENHO FAMÍLIA PRA CUIDAR.
E quem não tem? Chegamos à situação atual graças as greves do passado e todos temos família.
O funcionário do Bradesco diz que se fizer greve, será demitido. Estamos preparando um levantamento em nosso departamento jurídico para provar que o banco, independente de não ter aderido à greve de 2012, demitiu vários funcionários.
Diz também que não faz greve porque um parente trabalha em outra agência e será prejudicado. Falhas profissionais, produtividade abaixo do esperado ou desagrado a um cliente importante causam mais demissões do que a greve.
E o salário então? “O quanto você ganha é assunto seu que merece o maior sigilo” diz o holerite do Bradesco e você sabe por quê? Porque dependendo do seu salário, o motivo de sua demissão será justamente “o quanto você ganha”!
No Itaú fomos ameaçados de não colaboração com a nossa greve, como se fosse coisa do sindicato querer fechar o banco.
Em todas as situações, o bancário se coloca do lado errado, como se ele fosse imune aos acontecimentos que afetam a categoria, transformando o sindicato em inimigo.
Alguns questionam porque a reivindicação salarial é baixa? Porque não pedimos 20, 30%?
E a resposta está na própria atitude do gerente bancário, que durante o ano todo fica mais tempo fora do banco em busca de novos clientes e justamente no período da greve, demarca território dentro da agência e não sai nem para almoçar.
Se soubéssemos da participação do trabalhador bancário nas atividades paredistas, com toda certeza estaríamos reivindicando uma porcentagem maior, com ganho real verdadeiro!
24.08 - 00:25
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