30.06 - 22.59hs
O Brasil é o quarto país mais lento
na redução da mortalidade materna, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O trabalho foi feito com base na análise das taxas entre 2000 e 2013 de 75
países participantes dos Objetivos do Milênio. O Brasil teve um desempenho
equivalente ao de Madagascar, com queda anual média de 1,7% na taxa de
mortalidade materna. A marca está bem abaixo da média de todo o grupo, que foi
de 3,1% ao ano.
Em 2013, foram 69 para cada 100 mil nascimentos, quase o dobro da meta
assumida nos Objetivos do Milênio, com, no máximo 35 mortes a cada 100 mil
nascimentos em 2015. O Brasil já assumiu que não vai conseguir atingir a marca.
Apenas 11 países conseguiram diminuir a taxa a um ritmo de pelo menos
5,5% por ano. Para dar dimensão do que isso significa, o risco de uma mulher
morrer nos países avaliados por causas relacionadas ao parto e à gestação é de um
para 66. Nos países com alto desenvolvimento, o risco é de um para 3,4 mil.
"Precisamos renovar e redobrar nossos esforços em áreas-chave, onde
o progresso vem sendo menor", dizem os autores do documento. A mensagem é:
o trabalho está inacabado, mas os objetivos são possíveis de serem alcançados.
"O fim de 2015 vai inaugurar uma nova era da saúde global e o ânimo para
se alcançar as metas não pode diminuir”.
Entre os pontos considerados essenciais pelos autores do trabalho está a
melhoria do acesso a métodos contraceptivos, fundamentais para garantir o
planejamento familiar; a garantia da assistência, feita com profissionais
preparados e equipados adequadamente, tanto na gestação quanto nas fases pré e
pós-parto; a redução de índices de doenças como diarreia e pneumonia e o
combate a altos índices de desnutrição.
(Fonte Estadão)
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