24.09 - 01.00 HORA
Todo ano acontece a mesma coisa e as negociações provocam
vários comentários que deixam marcas, pelo descaso, pela crueldade, pelo desinteresse,
pelo interesse monetário, pela inocência, pela ganância e somos obrigados
superar todas elas, sempre em nome da unicidade e do companheirismo, que os
patrões insistem querer destruir.
Vamos aos comentários e as supostas respostas, que não
damos, mas poderíamos dar:
-Boa sorte para vocês! (Então você não faz parte da
categoria?);
-Na greve vocês vão deixar “eu” entrar, né! (Claro que sim! E
nós vamos ficar com nariz de palhaço na porta do seu banco);
-Vocês estão pedindo 12,5%, mas e para meu banco, quanto
pedem? (como a campanha é unificada, pedimos um pedaço de pizza a mais!);
-Porque o sindicato não faz a greve em dias calmos? (Porque
não existe repercussão alguma e ninguém vai se importar com nossos problemas ou
dificuldades);
-Quem tem que fazer greve é escriturário e caixa! (Claro! E
só eles merecem aumento salarial!);
-Sou chefe e preciso estar dentro do banco! (Só você e a
torcida do seu time predileto!);
-Vou ficar quieto dentro do banco, com as luzes apagadas e
prometo não fazer nada para atrapalhar a greve! (Porque não ficou em casa, já
que estará sem fazer nada lá dentro!);
-Já sei quanto meu banco vai pagar e quando vai acabar a
greve! (Porque não faz parte de nossas negociações se sabe tanto!);
É lógico que internamente os bancos ventilam os
acontecimentos e as discussões em mesa com o movimento sindical. Se patrão
fosse bonzinho, não precisaríamos discutir nossos problemas todos os anos, não estaríamos
preocupados com a terceirização, com as metas abusivas, com as doenças
ocupacionais, com a rotatividade, com as demissões, com as desigualdades, com a
saúde do trabalhador, com a segurança de trabalhadores e clientes.
Se os bancos estão reservando uma porcentagem anunciada,
porque não oferecem em mesa?
Você realmente acredita que pagarão a dita porcentagem sem
greve?
Consegue ver futuro para nossa categoria sem união?
Neste ano quebramos a máxima das negociações com propostas
abaixo da inflação e acreditamos que um ciclo está sendo deixado para traz!
Levamos reivindicações e embasamos todas elas, sem deixar
dúvidas de que são verdadeiras! Apresentamos números sólidos, tirados dos
próprios balanços dos bancos que surpreenderam seus negociadores! Discutimos assuntos
com bases jurídicas e advogados presentes nas conversações!
Ponderamos atitudes tomadas contra a empregabilidade na
categoria, apresentando argumentos estudados e analisados pelo Dieese,
presentes em todas as discussões!
Não queremos diferenciar ninguém e nenhum banco, privado ou
público, queremos o que é justo para uma categoria que vem sendo desmembrada
por outras tantas, prestando serviços por centavos de remuneração, sem
qualidade de atendimento e um mínimo de segurança, ou quase nenhuma!
É por tudo isso e muito mais que mantemos nosso foco contra
o verdadeiro inimigo, que não dá um passo sequer sem antes analisar o terreno e
usam seus comandados para esparramar a discórdia e a descrença na única representatividade
legitima do trabalhador brasileiro, o sindicato!
Os políticos falam o que querem nas campanhas e você
consegue ver, quem está mentindo, quem inventa e o quanto sofremos para manter
o trabalho!
No sindicalismo é a mesma coisa, eles criam armadilhas e nós
temos que saber sair delas!
Gostaria de parabenizá-lo pela postagem e dizer que me coloco a disposição par ajudar o sindicato e a nós mesmos, alias como todos os anos, no que for necessário. Estamos juntos em mais uma greve que com nossa união certamente sairemos vencedores. Todos ganham inclusive os Banqueiros que remunerando melhor seus funcionários (pois na verdade os bancos somos nós), dando-nos melhores condições de trabalho, faremos com certeza um trabalho melhor e, com isso, ganham como eu disse os banqueiros, mas também a população tão necessitada de serviços de qualidade principalmente como os prestados pela CEF. Assim estaremos com certeza juntos em mais uma luta , não por mim ou por você mas sim por todos os nossos companheiros e por toda a população deste imenso país
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